Descrição
O livro é a autobiografia inusitada narrada por Brás Cubas, um homem que já está morto. Ele se intitula um "defunto-autor" e decide, do além-túmulo, narrar a história de sua vida de forma franca, cínica e cheia de digressões filosóficas.
A narrativa acompanha a trajetória de Brás Cubas, um membro da elite carioca do século XIX, desde sua infância mimada e perversa até sua morte aos 64 anos. Ele revisita seus principais momentos, romances e fracassos, tecendo críticas mordazes à sociedade, à hipocrisia e à futilidade de sua própria existência.
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Amores: Ele relata seu primeiro amor adolescente por Marcela, uma prostituta de luxo interessada em seu dinheiro, e seu grande e longo romance adúltero com Virgília, uma namorada da juventude que se casou com o político Lobo Neves por conveniência social.
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Carreira e Fracassos: Sua vida é marcada pela ociosidade e pela falta de ambição concreta. Ele tenta seguir uma carreira política sem sucesso, funda um jornal que fracassa e se dedica a inventar o "emplasto Brás Cubas", uma panaceia inútil que, ironicamente, contribui para a pneumonia que o leva à morte.
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A Conclusão Melancólica: O livro é encerrado com a famosa e pessimista reflexão de Brás Cubas sobre sua vida: ele não teve filhos, não transmitiu a "nenhuma criatura o legado da nossa miséria", e o saldo final de sua existência foi a constatação de que ele "não gozei a vida, nem a padeci".
Com uma narração irônica e um estilo inovador, Machado de Assis usa a figura de Brás Cubas para analisar e desmascarar as convenções sociais, a moralidade relativa e a vaidade humana.
